quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O sabor das palavras (Eugénio de Andrade)

Amanhecer no leste da Madeira (Fotografia de suzyesue)


O SABOR DAS PALAVRAS

Quanto a mim, gosto das palavras que sabem a terra, a água, aos frutos de fogo do Verão, aos barcos no vento; gosto das palavras lisas como seixos, rugosas como pão de centeio. Palavras que cheiram a feno e a poeira, a barro e a limão, a resina e a sol.

Eugénio de Andrade